Trabalhos 2021/2022
Escola Sec. Camilo Castelo Branco (Vila Nova de Famalicão)
Atividade: Os 10 Princípios da Dieta Mediterrânica
Escalão: 3º escalão: ensino secundário, profissional e superior
Vídeo:
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Memória Descritiva:
MEMÓRIA DESCRITIVA | AECCB
Os Patrimónios Alimentares são atributos identitários e simbólicos diferenciadores, exigindo estratégias sustentadas em factos históricos documentados para a dinâmica de planeamento regionais, de modo a conseguir um desenvolvimento sustentável do Património Alimentar.
“Se por um lado a gastronomia, a culinária e os alimentos autóctones dos territórios são vistos como fatores de diferenciação que tornam atrativos os destinos turísticos (UNWTO, 2019), por outro, os valores simbólicos da alimentação há muito que se cruzam com o turismo transformando-se em importantes veículos culturais, com efeitos no desenvolvimento sustentável das regiões. Por isso a cultura também se serve à mesa, de tal modo que a UNESCO decidiu incluir na lista de património imaterial da humanidade, desde 2008, a comida típica de 39 países ou regiões”.
O património cultural expresso nos alimentos, inclui o material, a variedade de plantas, os pratos tradicionais, as ferramentas utilizadas, as paisagens, como inclui o imaterial, nomeadamente, a gastronomia, o conhecimento intelectual e corpóreo, as tradições e técnicas, a ideologia, a consciência sensorial, as filosofias sobre os alimentos e saúde (Couninhan, 2014, p.2).
Este trabalho a que a Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Famalicão, se propõe e aqui retratado pela turma de 11º Ano do Curso Profissional de Cozinha Pastelaria, procura espelhar não só os pilares e heranças da nossa cultura gastronómica, mas também os princípios e valores que os professores que a representam expectam deixar como legado aos alunos que a frequentam.
Assim, tendo este desafio como mote a dieta mediterrânica, foram transmitidos à turma os traços significativos e influentes deste padrão alimentar.
Neste sentido, e à luz do que se documentou ter-se iniciado em Creta nos anos 50 e 60 (Serra-Majem, et al.), à imagem de um estilo de vida marcado pela diversidade alimentar, culminando num momento de convivo, partilha e lazer de todos os intervenientes, procurou-se alinhar, em vídeo, os dez princípios que comandam a Dieta Mediterrânica.
Para tal, fundamentado num consumo elevado de alimentos de origem vegetal, produtos frescos e da época, a utilização do azeite como principal gordura, o consumo baixo a moderado de lacticínios, o consumo frequente e preferível de pescado a carnes, consumo de água como a bebida de eleição e baixo e moderado consumo de vinho, os alunos criaram uma ementa também ela idealizada na “economia circular” e no zero ao desperdício alimentar.
Assim, com as espinhas e peles do peixe que a seguir se viria a degustar, foi elaborado um caldo, por ervas aromáticas perfumado, por ervas aromáticas evitado o sal, que com um punhado de massas e muito amor culimou numa rica Canja de Peixe.
De seguida, e porque o Património, tal como se entende hoje, quer na linguagem oficial, quer na linguagem comum, é uma noção muito recente, que abrange, de uma maneira necessariamente vaga, todos os bens, todos os “tesouros do passado” (Chastel, 1994, p.11), usou-se o barro como elemento mãe que em forno acolheu o peixe, envolto em couves e recheado das ditas aromáticas, nossas e da época.
Seguiu-se, a tão esperada tábua de frutos secos e frutas frescas da época alinhadas com uma variedade de queijos típicos de regiões pelo mediterrâneo banhadas!