Trabalhos 2022/2023

Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (Lisboa)

Atividade:  Painel dos Alimentos: Aditivos

Escalão: 

Resultados do inquérito, quais os alimento selecionados?
responderam 68 estudantes, com idade média 20,27 anos e maioritariamente do sexo feminino. alimentos mais consumidos- Bolachas (27), farinhas (19), 1quiejos (14), iogurtes frutados (12) e doces [( chocolates e gomas) 12]

Pesquisa e investigação sobre aditivos alimentares:
O processo de urbanização, a globalização dos hábitos alimentares, a importação de alimentos, os fast foods, o marketing das industrias alimentares e a rede de supermercados (Almeida & Veloso , 2022) originam mudanças no padrão alimentar da população levando à preferência do consumidor por alimentos prontos ou semi prontos. Constata-se que há maior utilização de alimentos industrializados (processados e ultra processados) em substituição dos alimentos in natura (de Souza et al, 2019), sendo maior o consumo nos jovens em relação em relação aos mais velhos (Machado & Adami, 2019). O consumo de alimentos processados e ultraprocessados tem malefícios para a saúde e qualidade de vida (Machado & Adami, 2019). A indústrias alimentar têm utilizado uma grande variedade de aditivos alimentares nesses alimentos (de Souza et al, 2019).
Segundo a alínea a) do artigo 3º do regulamento (EU) nº 1333/2008, asitivos alimentares são "qualquer substância que não seja normalmente consumida como alimento em si mesma e que não seja normalmente utilizada como ingrediente característico de um alimento, quer tenha ou não valor nutritivo, cuja adição intencional aos alimentos para fins tecnológicos resulte no fabrico, transformação, preparação, tratamento, embalagem, transporte ou armazenamento desses alimentos, ou pode razoavelmente esperar-se que resulte, nele ou nos seus subprodutos, tornando-se, directa ou indirectamente, um componente de tais alimentos." Todos os aditivos alimentares permitidos estão sujeitos a avaliação de risco pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA). Segundo a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) (2017) as condições de utilização dos aditivos alimentares encontram-se regulamentadas ( nível da dose e géneros alimentícios permitidos) sendo necessária a rotulagem dos alimentos com a menção de todos os aditivos de forma clara pela respetiva função química, seguida do nome especifico ou do número E (ex: tartarazina ou E102). Segundo a ASAE, a ingestão de alimentos com aditivos alimentícios nas condições estabelecidas e consumidas nas condições inferiores preconizadas não apresentam problemas para a saúde. No entanto, há que ter em conta que, apesar da avaliação toxicológica efetuada, existe sempre um risco associado à sua ingestão.
Tipos de aditivos alimentares:
Antioxidantes: substancias que conservam os alimentos contra a oxidação prolongando o seu prazo;
Conservantes- substancias que retardam ou previnem a deterioração dos alimentos por microrganismos;
corantes- substancias que concedem ou intensificam a coloração dos alimentos. Considerados os aditivos mais genotóxicos;
Edulcorantes- Substitutos do açúcar;
Emulsionantes- são utilizados para manter uma dispersão uniforme de um líquido em outro, tornando possível a formação de uma mistura uniforme no alimento;
Espessantes- substancias que aumentam a viscosidade do alimento sem alterar significativamente as suas outras propriedades;
Intensificador de sabor- substâncias que prolongam o período de validade do alimento e realçam o seu sabor/aroma.
Bibliografia consultada:
Almeida, I, E. & Veloso, I.S. (2022). Ultra-processed foods offer in a restaurant at a public university. Research, Society and Development, 11 (4), e31411427375. Doi: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27375
Aun, M.V., Mafra, C., Philippi, J. C., Kalil, J., Agondi, R.C., & Motta, A. A. (2011). Aditivos em alimentos. Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia, 34 (5), 177-186.
ASAE (2017). Aditivos alimentares mais relevantes no âmbito da segurança alimentar. Disponível em https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/aditivos-alimentares/aditivos-alimentares-mais-relevantes.aspx
European Commission (2013). EU Food Additives: making our food safer. Brussels. Aditivos alimentares da UE: tornar os nossos alimentos mais seguros - EU monitor
European Food Safe Autority (2023). How the EU manages food additives. Disponível em How the EU manages food additives_News & Articles_Food Safety and Compliance Service (foodmate.net)
Fernandes, F.A. et al. (2020). Effect of Natural Preservatives on the Nutritional Profile, Chemical Composition, Bioactivity and Stability of a Nutraceutical Preparation of Aloe arborescens. Antioxidants, 9(4), 281. Doi: https://doi.org/10.3390/antiox9040281
Ferreira, F. (2015). Aditivos alimentares e suas reações adversas no consumo infantil. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, 13 (1), 397-407. Doi: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v13i1.1845
Machado, F.C. & Adami, F. S. (2019). Relação do consumo de alimentos in natura, processados e ultraprocessados com gênero, idade e dados antropométricos. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 13 (79), 407-416.
Regulamento da Comissão Europeia nº 1333/2008 de 16 de Dezembro (2008). Relativo aos aditivos alimentares. Jornal Oficial da União Europeia (31-12-2008) 16-33.
Souza, B. A., Pias, K. K. S., Braz, N. G., & Bezerra, A. S. (2019). Aditivos alimentares: aspetos tecnológicos e impactos na saúde humana. Revista Contexto & Saúde, 19 (36), 5–13. Doi: https://doi.org/10.21527/2176-7114.2019.36.5-13

Memória descritiva:
• Dimensões – 1m2
• Materiais utilizados- papel, impressora, tinta
• Local onde está afixado- à entrada do bar e do refeitório da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
( hall da escola local da máquina automática de venda de alimentos e do café) onde tirámos as fotos ao grupo.

Registo fotográfico: