Trabalhos 2018/2019

Jardim de Infância/Escola Básica nº1 de Arganil (Arganil)

Atividade:  B - Painel dos Alimentos

Escalão: 

Número de participantes:
O inquérito foi aplicado a 41 alunos do 3º ano de escolaridade da EB nº1 de Arganil, turma do 3ºA e 3ºB que desenvolveram o trabalho que se apresenta.O inquérito tinha como objetivo fazer o levantamento da presença do peixe na dieta alimentar dos alunos.

Idade média dos participantes:
A idade média dos participantes no inquérito é de 8 anos.

Memória descritiva:
• Resultados do Inquérito/observação
Através das respostas às 10 questões do inquérito obtiveram-se os seguintes resultados:
A grande maioria dos alunos almoça na cantina escolar (38), apenas 3 vão almoçar a casa;
O peixe entra no almoço ou no jantar de 8 alunos raramente, 23 comem algumas vezes e 10 comem muitas vezes;
Todos sabem de onde vem o peixe que comem. A totalidade dos alunos (41 )assinalou que o peixe que vem do mar e do rio, apenas 11 assinalaram que o peixe também pode vir de viveiros – aquicultura.
Após algumas aulas sobre o consumo de peixe, decidiu-se colocar no questionário doze peixes para selecionar seis para o painel. Assim os resultados obtidos nas respostas à pergunta sobre quais os peixes que mais gostam de comer foram: sardinha 35; pescada 18, bacalhau 28, pargo 3, cavala 9, peixe-espada 7, tamboril 6, faneca 5, carapau 25, atum 28, corvina 5 e salmão 31.
Costumam comer o peixe cozido 21 alunos, assado 18, frito 37, em conserva 15, grelhado 35, estufado 8 e panado 39.
Como gostam mais de comer o peixe, 3 alunos responderam cozido, assado 3, frito 18, grelhado 5, estufado 0, panado 12 e em conserva 0.
A maioria compra peixe congelado/embalado (18) com mais frequência, enquanto que as mães de 13 alunos compram mais peixe fresco.
Dos alunos do 3º ano, 27 desconheciam que existe uma lei que define o tamanho mínimo permitido para a captura de peixes em estado selvagem, só 4 assinalaram que sabiam.
Quando lhes foi pedido para explicar porque é que existe essa lei, as respostas obtidas foram variadas, registaram-se as mais frequentes: o peixe pode acabar; não se devem pescar peixes bebés; os peixes pequeninos não são bons para comer; os pescadores podem ser presos porque pescam peixes bebés.
• Espécies selecionadas e origem geográfica
De acordo com as respostas obtidas, as espécies selecionadas para o painel foram: sardinha, salmão, atum, bacalhau, carapau e pescada.
Sardinha – Espécie selvagem. Originária do Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo.
Salmão – Espécie selvagem ou de cultura. Tem origem em água doce, vai para o mar durante o inverno e regressa ao rio na primavera para aí se reproduzir. O do Oceano Pacífico morre a seguir à reprodução, o do Oceano Atlântico reproduz-se, pelo menos mais uma vez.
Atum – Espécie selvagem ou de cultura. Tem origem em regiões oceânicas tropicais e subtropicais. É um peixe nómada e viaja muito.
Bacalhau – Espécie selvagem. É originário das águas frias e límpidas dos mares que circulam o Pólo Norte.
Carapau – Espécie selvagem ou de cultura. É encontrado no Atlântico Nordeste, Arquipélago da Madeira e Mar Mediterrâneo.
Pescada – Espécie selvagem ou de cultura. A pescada habita em muitas partes do Atlântico, Mediterrâneo, Norte e Sul do Pacífico, ao largo da América do Sul e da África do Sul.
• Benefícios e malefícios do seu consumo
O peixe é uma importante fonte de:
Ómega 3 e Ómega 6 (ácidos gordos)
Proteínas de elevado valor biológico
Vitaminas A, complexo B, D e E
Sais minerais (zinco, iodo, fósforo, flúor, ferro, magnésio, potássio e cálcio)
o Ómegas 3 e 6 são ácidos gordos de extrema importância para o bom funcionamento cardiovascular;
o Os sais minerais são potentes antioxidantes que resguardam as células de lesões;
o As proteínas são nutrientes importantes para a formação da massa muscular, dos cabelos, da pele, das células e do sistema imunológico, sendo um nutriente essencial para a saúde.
o Consumir peixe regularmente previne a perda de massa cinzenta no cérebro, que está ligada ao surgimento de doenças degenerativas como o mal de Alzheimer. Esse benefício está ligado à presença de ômega-3 e de nutrientes como cálcio e fósforo, importantes para a transmissão impulsos nervosos.
o Estudos científicos têm mostrado que um dos benefícios de comer peixe regularmente é a redução do risco de desenvolver depressão.
o Os peixes são ótimas fontes da vitamina D recomendada por órgãos de saúde. A presença de vitamina D em conjunto com o cálcio previne e trata doenças como a osteoporose e fortalece a saúde dos ossos.
o Outro benefício de comer peixe é a redução do risco de desenvolver doenças autoimunes como a diabetes do tipo 1, por exemplo.
o Alguns estudos mostram que o consumo de peixe pode ajudar a prevenir a asma em crianças.
Nas pesquisas efetuadas na procura dos benefícios da introdução do peixe numa dieta alimentar saudável, verificou-se que consumir duas a três doses semanais de peixe cozido ou grelhado será benéfico para a saúde do consumidor.
Compilaram-se os valores nutricionais dos peixes em estudo, cozinhado destas duas formas e em porções de 100 gramas, nas seguintes grelhas que constam igualmente do painel. Excetua-se a sardinha porque não foram encontrados valores na modalidade cozida, tendo-se optado por enquadrar a sardinha frita.
Chama-se, ainda, a atenção para o facto de se ter verificado que, de site para site, existe alguma variação nos valores nutricionais de cada um.
Peixe cozido (100g) Valor Energético
(kcal) Ómg 3 e 6
(g) Gorduras
(g) Proteínas
(g) Vitaminas
(mg) Sais Minerais
(mg)
Salmão 278,7 kcal 6,59 g 21,1 g 20,7g g 70,3 mg 450mg
Atum 407 kcal 608 g 1,3 g 86,9 g 20,3 mg 593,7 mg
Bacalhau 105 kcal 0,32 g 1,5 g 22,83 g 3,34 mg 322 mg
Carapau 105 kcal 3,2 g 2,9 g 19,7 g 6,06 mg 849 mg
Pescada 112 kcal 0,30 g 1,4 g 24,24 g 10,14 mg 480 mg
Peixe frito (100g) Valor Energético
(kcal) Ómg 3 e 6
(g) Gorduras
(g) Proteínas
(g) Vitaminas
(mg) Sais Minerais
(mg)
Sardinha 247 kcal 2,7 g 16,4 g 23 g 56,56 mg 1094mg
Peixe grelhado (100g) Valor Energético
(kcal) Ómg 3 e 6
(g) Gorduras
(g) Proteínas
(g) Vitaminas
(mg) Sais Minerais
(mg)
Sardinha 211 kcal 2,7 g 16,4 g 25 g 62,61 mg 1202,1 mg
Salmão 315,4 kcal 7,36 g 23,7 g 23,8 g 74,3 mg 730 mg
Atum 153 kcal 4,1 g 5 g 27,3 g 5,9 mg 676 mg
Bacalhau 122 kcal 0,32 g 5 g 20,91 g 3,34 mg 882 mg
Carapau 138 kcal 1,9 g 3,7 g 26,3 g 27,74 mg 761 mg
Pescada 124 kcal 10 g 7,9 g 14,4 g 11,74 mg 11,74 mg
Malefícios
Contudo, muitos peixes vivem em contacto com bactérias, toxinas, óleos, mercúrio e diversos metais pesados, o consumo desses peixes pode causar perda de cabelo, de memória, depressão, dificuldade de concentração, pode afetar o funcionamento dos rins, do fígado e do coração.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existe uma relação direta entre as altas concentrações de mercúrio no sangue humano e o consumo de peixe contaminado por metilmercúrio.
• Sustentabilidade e impactos na saúde do consumidor
As pesquisas efetuadas, mostraram-nos que, todos os peixes constantes do painel se encontram ameaçados de extinção devido a vários fatores:
o Excesso de captura das espécies
o Captura de peixes demasiado jovens
o Pesca ilegal
o Captura não intencional de peixes
o Destruição dos habitats pela poluição
Quase um terço dos oceanos estão sobre explorados, ou seja, a captura é superior à capacidade de reposição natural das espécies. Isto está a pôr em risco a sustentabilidade do planeta; provoca alterações dos ecossistemas marinhos; é comparável à destruição das florestas tropicais.
Com a medida mínima, defende-se o princípio de garantir pelo menos uma desova para os peixes. Isto permitirá manter o estoque pesqueiro.
Medidas mínimas permitidas por lei para a captura dos peixes do nosso painel:
Sardinha – 11cm; Carapau – 15cm; Bacalhau – 35cm; Pescada – 27cm; salmão – 55cm; Atum – 115cm.
Para contrariar esta tendência de desaparecimento das espécies, não se pede que as pessoas deixem de comer peixe, mas sim que façam escolhas responsáveis para poderem continuar a consumir peixe.
Os consumidores são aconselhados a reparar noa logótipos da embalagem do peixe e que indicam a sustentabilidade, ou seja, certifica que aquele produto foi obtido de forma a não pôr em causa o equilíbrio da natureza, permitindo optar por um peixe que cumpre as regras de produção, da questão laboral à segurança alimentar.
A contaminação de peixes e outros animais marinhos que serão consumidos é também uma grande preocupação. Mesmo infetados, os animais podem passar despercebidos durante a pesca, gerando problemas intestinais ou problemas mais graves para a saúde humana. Como os peixes e outros animais marinhos foram infetados pelos resíduos, a pesca sofrerá danos diretos, resultando em perdas económicas para o comércio e para a sustentabilidade da população piscatória.

Anexos:

Características do painel:
Título do Painel
«PEIXE EM EXTINÇÃO, DEVEMOS PESCAR COM MODERAÇÃO PARA O BEM DAS ESPÉCIES E DO NOSSO CORAÇÃO»
DIMENSÕES: 90 CM X 120 CM
MATERIAIS UTILIZADOS:
• Tela de pintura de 90 cm X 120 cm
• Fotografias de peixes
• Desenhos de peixes recortados e ilustrados de forma criativa pelos alunos (moldura)
• Tecido com enchimento de algodão
• Tintas
• Colas
• Rede de cabelo
• Giz
• Laca
LOCAL ONDE ESTÁ AFIXADO
• Parede do corredor da cantina onde os alunos fazem fila para se servirem (enquanto estão na fila sempre podem observar e analisar o painel).

Registo fotográfico: